O Secretário de Estado
da Saúde referiu que os portugueses devem
contribuir mais para a sustentabilidade do SNS, prevenindo as doenças e assim
recorrerem menos aos serviços. Foram palavras sensatas. No entanto, não faltou
quem viesse apoucar tais afirmações, com críticas vindas até de pessoas
respeitáveis e responsáveis pela área da saúde, acusando-o de “insensibilidade
social”. Reza o ditado popular que mais vale prevenir do que remediar. E se as
pessoas tivessem mais um pouco de precaução, cultivando modos de vida mais
saudável, talvez as urgências dos hospitais e os postos médicos estivessem mais desertos. Reduzir o potencial
de algumas doenças está muito nas mãos de cada um. Se a alimentação fosse mais
equilibrada, ao nível dos açúcares, das gorduras, do álcool, do tabaco, para
não falar da guerra civil diária que se vive nas estradas, nas drogas
consumidas a esmo e na forma descuidada como se encaram os trabalhos de risco,
muito poderia ser poupado em saúde pública. Pela boca morre o peixe. E porque
os números falam por si, basta referir que só os problemas ligados ao tabaco e
ao álcool representam para o Estado um encargo conjunto de 700 milhões de
euros. É muito dinheiro desbaratado irresponsavelmente!
Para o Tribunal Administrativo e Fiscal
de Almada, os espectáculos eróticos são de cariz artístico e
portanto beneficiam da taxa reduzida do IVA. Os senhores juízes é que percebem
de leis, mas ao que consta, os factos em causa foram bem diferentes, como
refere a Administração Fiscal, pois o que esteve em causa foi um “espectáculo
pornográfico e obsceno” “com exposição física”. Quando manifestações
desportivas são agravadas com a taxa máxima, como se compreende que
espectáculos de cariz obsceno possam estar taxados à taxa mínima? Com o IVA da
restauração à taxa de 23%, resta à populaça gozar um dos três inimigos da alma
a baixo imposto.
Quando se assiste, por
parte do Governo, com o braço armado do Orçamento de Estado para 2013, a uma
cruzada impenitente aos aposentados e reformados deste país, que tiveram uma
vida de trabalho e descontos de mais de quarenta anos, mas com muitos deles a
receberem reformas de lástima, eis que aparece alguém, vindo da área política,
a reformar-se aos 48 anos de idade. Com apenas 12 anos de trabalho, em 3
mandatos autárquicos nas listas da CDU, vai usufruir um prémio mensal de
1859,67 euros. O PCP, em tímido comunicado, fez saber que se trata de uma
“decisão pessoal”. Mas para quem tanto usa e abusa do nome dos trabalhadores e
reformados na luta partidária, é muito curto.
A Assembleia da República dá
imunidade aos deputados em quase tudo, menos na alcoólica. Foi o que aconteceu
com uma deputada do PS que resolveu festejar os 37 aninhos de vida com uma
piela. Até aqui nada de especial. Não há mal algum em beber uns canecos para
aliviar as agruras parlamentares. O pior foi a senhora deputada ter conduzido o
seu bólide em tais condições. Em operação stop,
acusou uma taxa de álcool de 2,41 gramas por litro de sangue, o dobro do que é
permitido por lei. Pois é! O álcool ainda não distingue os mordomos da nação do Zé Ninguém do tasco.
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